Após o término de estudos na Alemanha, foi ordenado Padre Secular na Cátedra de Regensburg. A cerimônia de ordenação aconteceu no dia 18 de julho de 1848. Veio para o Brasil em 1858 e ingressou na Ordem dos Jesuítas. Seu primeiro campo de trabalho foi em São José do Hortêncio, onde ficou como coadjutor e depois como Vigário.
De 1859 a 1863 exerceu o cargo de Missionário Itinerante. Viajava a cavalo, desbravando caminhos difíceis de serem trilhados. Em 1870 foi nomeado Superior e Conselheiro de todos os jesuítas do Rio Grande do Sul. A paróquia de Montenegro era a de maior extensão geográfica e populacional atendida pelos jesuítas. Ela foi fundada no dia 28 de abril de 1871, tendo como primeiro Vigário o Padre Miguel. Ele fazia longas cavalgadas para visitar capelas já existentes e as novas comunidades em formação, batizando, rezando missas, ministrando sacramentos e pregando missões populares. Andava por terrenos pedregosos e acidentados, subia e descia montes, atravessava arroios e riachos, mas sua missão estava rigorosamente cumprida.
Em 1871 construiu a primeira capela em terreno doado pelo fundador de Montenegro, Tristão Fagundes. A inauguração foi festiva, com banda de música e fogos de artifícios. No lugar desta capela, mais tarde, foi construída uma igreja de material com duas torres, hoje inexistente.
De Montenegro, Padre Miguel passou a atender a paróquia no Caí. No dia 2 de janeiro de 1883, o Padre Miguel Kellner morreu afogado nas águas do Rio Caí, ao atravessá-lo a cavalo, cumprindo seus deveres sacerdotais. Para que a memória desse jesuíta não fosse esquecida, as irmãs do Colégio São José o indicaram para ser um nome de rua em Montenegro.
Patrono da rua 3, no bairro Cinco de Maio, conforme Lei número 2083, de 5 de dezembro de 1977, na Prefeitura Municipal.
Fonte: Jornal Ibiá (Editora Ibiá Ltda.) - Especial Personagem da Rua
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