ESTAÇÃO MONTENEGRO
Parado em frente a uma vitrina
Observando fotos antigas
Prendo-me à beleza imensa
Expressa em tons amarelo-cinzento,
E tamanho envolvimento
Rapidamente me transporta
Através de várias portas
Que dimensionam o tempo.
Assim eu me vejo correndo
Sobre trilhos e dormentes
Acordando toda a gente
Pela qual vou passando,
Acordando o passado
E lembranças da minha vida
Ponto de encontros
De chegadas e partidas.
E eis que chego então
Na minha Estação Montenegro
De onde ouço com apego
O apito do trem da história,
Que traz em seus vagões
A luz intensa da memória
Cartão postal de nossa cidade
Cultura para a eternidade.
Carlos Fernando Leser
Poeta e escritor.
PARA ELAS AS MENINAS
Dança estranha, órbita de estrela, e desce do céu ao chão.
O pai diz: nada mais belo do que a partição.
Adriana Bandeira
Escritora
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