Recursos multimídia são desafio


A ideia de um livro digital traz à tona uma série de possibilidades inimagináveis em uma publicação impressa. Animações e recursos de áudio e vídeo são apenas algumas dessas novidades. Mas a despeito da oferta crescente de livros digitais - e do interesse dos leitores pelos recursos interativos -, a aplicação desse tipo de tecnologia ainda está longe de se tornar maciça, disseram especialistas nesse assunto.
A principal maneira de usar esses recursos atualmente é desenvolver o livro no formato de aplicativo. Mas nem sempre as editoras estão dispostas a arcar com os custos necessários para criar esse tipo de software. Os formatos próprios para livros digitais, por sua vez, de modo geral ainda não estão preparados para esse tipo de recurso. E há ainda um terceiro impeditivo. "'Rodar' essas aplicações requer uma capacidade de processamento alta, que muitos dispositivos ainda não têm", disse Eduardo Melo, fundador e diretor executivo da Simplíssimo, empresa especializada na criação de e-books.
A expectativa é que o formato digital mais recentemente criado pela IDPF, organização internacional de publicações digitais, resolva parte desses problemas. Irmão mais velho do Epub, que não tem proprietário, e batizado de Epub 3, o formato foi feito para "rodar" recursos multimídia e de interatividade, disse Bill McCoy, diretor executivo da IDPF. "Durante esse ano, vamos ver um aumento do número de dispositivos que aceitam o Epub 3", afirmou o executivo.
Apesar disso, os desenvolvedores ainda precisarão de algum tempo para conhecer melhor o Epub 3 e aproveitar as vantagens desse novo padrão.

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