Personagem da Rua: Albano Teixeira da Silva

Nasceu em 24 de dezembro de 1925, em Montenegro.  Segundo filho entre quatro irmão, aos cincos anos de idade teve uma grande perda: faleceu seu pai, vítima de carbúnculo (infecção na pele). Provavelmente infectado ao carnear uma rês. Foi criado por sua mãe, senhora Maria Angélica da Silva, com muito custo e de forma simples. 
Aos dozes anos de idade, outra adversidade. Ao manusear um artefato explosivo (provavelmente mina de alguma pedreira) que encontrou na beira do Rio Caí, perdeu os dedos polegar e mínio da mão direita o que acabou ficando futuramente uma de suas marcas registradas: fazes sinal de “positivo” apenas com os três dedos da mão que tinha. 
Após isso, trabalhou em diversas atividades na roça, com residência fixa em Pareci Novo, na época pertencendo a Montenegro.
Casou-se com Glóe Teresinha da Silva em 1938, e teve três filhas: Lubia Maria (falecida), Alba Liana e Glóe.
Trabalhou como eletricista e encanador no frigorífico Renner e na empresa Tanac. Porém, num certo momento resolveu investir em um negócio próprio, numa área totalmente nova na cidade de região: um serviço de alto-falantes, O equivalente a uma empresa de sonorização atualmente. 
Nascia, então, o “serviço de alto-falantes” São José, primeira empresa de sonorização de Montenegro e vale do Caí, no final da década de 50. Dedicou-se nas décadas de 60,70 e 80 a sonorização de festas diversas (como religiosas, eventos comunitários, etc.) e na década de 70, começou a fazer exibições de cinema de rua, através do cinema ambulante do SESI.
Com projeções de filmes em locais alternativos (como salões paroquias, comunidades, etc.) viajou com sua "rural" por diversas cidades do interior do Rio Grande do Sul com o projeto, levando filmes clássicos brasileiros como os de Mazaropi, Teixerinha, Sérgio Reis, Tonico e Tinoco, José Mendes, Oscarito, etc. A proposta era levar música, cinema e cultura a locais que não tinham acesso nem à televisão, muito menos a salas de cinema. 
No início da década de 80, com o avanço das televisões e o aparecimento de tecnologias de exibição de filmes com o videocassete, as exibições acabaram entrando em declínio, até que encerrou as exibições. 
Até 1984 ainda fez algumas sonorizações e locuções em festas de igrejas, mas acabou também encerrando.
Um detalhe importante e curioso: um de seus colaboradores nos serviços de sonorização acabou se casando com uma de suas filhas. Valdir Araújo conheceu sua esposa Alba trabalhando em eventos de sonorização diversos.
Teve 12 netos e 5 bisnetos. Faleceu em 06 de outubro de2010, aos 84 anos, no hospital Montenegro, em decorrência de AVC (derrame cerebral).

Fonte: Lei Municipal 6206 de 28 de agosto de 2015.

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