José Álvaro Pereira de Moraes nasceu em Montenegro em 28 de maio de 1868. Era filho de Apolinário Pereira de Moraes e de Francisca Ramos de Moraes. De seu casamento com Jacinta Ramos de Souza nasceram os filhos Júlio, José, Rosinha, Manoel, Ermelina, Jorge, Carlos, Álvaro, Dulce e Jacinto.
Em Montenegro, Álvaro de Moraes foi chefe ardoroso do partido republicano. Proclamada a República, em 1889, continuou defendendo, com decidida energia e ânimo sólido, o regime que abraçara.
Gozava de grande prestígio tanto neste município como em outros da região colonial. Geriu a Intendência Municipal durante dois quatriênios, a contar do ano de 1900. Sua administração foi serena e progressista, atendendo com dedicação e zelo a todos os ramos do complexo organismo governamental. Imortalizou-se pela construção do cais do porto da então vila São João do Montenegro, decisão arrojada e de inúmeras vantagens.
Empenhou-se, junto à Presidência do Estado, pela criação, em 1902, do Colégio Distrital, equivalente à Escola Normal. O ensino, ministrado por competentes professores, deixava o aluno apto para submeter-se ao vestibular de curso superior.
Interessou-se vivamente pela construção da estrada de ferro Montenegro-Caxias do Sul. Já finalizando o seu quatriênio, Doutor Borges de Medeiros convidou-o para o cargo de subchefe de polícia da 1ª região. Mesmo afastado da administração municipal, continuou a prestar valiosos serviços a Montenegro e ao partido republicano, sendo a sua palavra ponderada ouvida com atenção e a sua opinião acatada com respeito.
Extintas as subchefias, Álvaro de Moraes passou a exercer o cargo de oficial do Registro Eleitoral do Estado. Faleceu em 10 de janeiro de 1921, em Montenegro.
Em reconhecimento aos seus relevantes serviços, seu nome foi dado à rua que margeia o cais do porto e a uma escola da cidade, pela Lei 1061/58. Anteriormente esta rua chamava-se Rua Nova da Praia e depois 7 de Setembro.
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